como fazer carne vermelha
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Saracuteando por algumas reportagens, hoje eu defini que ia escrever sobre os benefícios de ter a carne vermelha presente em nossa alimentação.

Segundo as mais recentes pesquisas científicas, comer carne vermelha não só faz bem à saúde, como está relacionado ao menor risco de doenças cardíacas e diabetes. Essa foi a conclusão a que chegou Renata Micha, pesquisadora do departamento de Epidemiologia da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard (EUA).

Responsável por um estudo publicado pela revista Circulation, em maio de 2010, a epidemiologista declara que os verdadeiros inimigos da saúde são o bacon, as linguiças e os embutidos, alimentos capazes de aumentar o risco de doenças cardiovasculares em 42%, e em 19% o diabetes do tipo 2. “Para diminuir esse risco, as pessoas devem ficar atentas ao tipo de carne que estão consumindo”, diz Renata.

Claro que tudo em demasia faz mal, e que também temos que ponderar as quantidades de gorduras ingeridas, mas também temos que controlar os açúcares, as bebidas alcoólicas… Nesse caso, é necessário refletir pois nada faz mal quando consumido de forma consciente.

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De acordo com Licínia de Campos, nutricionista e consultora gastronômica, o consumo de carne vermelha diminuiu porque as pessoas ficaram preocupadas com a saúde. Eu sinceramente não acho que seja somente por isso, percebo que a população vive constantes tendências comportamentais, e nos últimos anos tem sido a do “vegetarian” ou até a do “vegan”. Esta dieta que, adicionalmente a exclusão de carnes em geral, também não inclue nenhum derivado das mesmas, assim como ovos e leite. E poucos sabem que há mais de 20 anos os cortes têm sido elaborados para oferecer ao consumidor partes mais magras e saudáveis.

A consequência da restrição da carne é simplesmente a queda dos níveis de nutrientes na alimentação diária, principalmente minerais e vitaminas lipossolúveis. “Carne vermelha é rica em ferro, zinco e vitaminas B6 e B12”, esclarece Licínia. “É verdade que o ferro pode ser encontrado em fontes animais e vegetais. Contudo, aquele proveniente das carnes (ferro heme) é mais facilmente absorvido pelo organismo”, acrescenta a doutora.

“Outro macronutriente oriundo da carne é a proteína de alto valor biológico, também essencial na nossa alimentação”, observa Fernando Bahdur Chueire, médico nutrólogo e diretor da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Essa proteína responde por grande parte do peso do corpo humano, e seu valor nutricional depende dos aminoácidos essenciais que fornece. “Só os produtos animais possuem todos eles”, diz.

Alguns sintomas como fadiga, anemia e dificuldade de cicatrização dos tecidos representam uma dieta desequilibrada, e essa é a razão por que a vitamina B12 é tida como essencial à maturação das células vermelhas e tem especial importância para os vegetarianos.

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A nutricionista Maria Terezinha Oscar Govinatzki, presidente do Sinurgs, defende que a carne vermelha não é a vilã que muitos pensam. Ela elaborou para o Diário Gaúcho dez motivos para não tirar a carne da sua alimentação e eu aproveito a deixa para disponibilizar aqui para vocês e finalizar esse artigo em grande estilo! 😉

1. Fonte de proteínas
As carnes vermelhas são fontes de proteínas de alto valor biológico, ou seja, apresentam todos os aminoácidos essenciais, aqueles que não são produzidos pelo organismo e devem ser obtidos pela alimentação. Além disso, as proteínas da carne são melhores absorvidas do que as proteínas de origem vegetal.

2. Fonte de ferro
Fornece o ferro que é melhor absorvido se comparado com o ferro encontrado nos vegetais, evitando o desenvolvimento da anemia.

3. Fonte de vitamina B12
Ela é fundamental para o organismo. É responsável pela manutenção do sistema nervoso central e pela maturação e manutenção das células do sangue. As carnes vermelhas são as principais fontes dessa vitamina. Ela não está presente nos alimentos vegetais.

4. Diversidade de opções
Para controlar a quantidade de colesterol e gordura saturada que estão relacionadas com o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, basta escolher as carnes magras com menor teor desses componentes. Coxão mole, lagarto, filé mignon e patinho são exemplos de cortes com menor quantidade de gordura.

5. Variedade de preparações
A carne é um alimento muito versátil, podendo ser ingrediente de diversos tipos de preparações como bolos, tortas, saladas, cozidos, assados, grelhados. Assim, basta usar a criatividade na cozinha e variar as receitas, evitando uma alimentação monótona. Afinal, comer carne grelhada todos os dias poder ser desestimulante.

6. Colesterol reduzido
O consumo de carne vermelha magra pode ser saudável para o coração, da mesma maneira que a carne branca, segundo pesquisa publicada no American Journal of Clinical Nutrition, na qual é constatado que, quando há o controle da gordura saturada, os índices de colesterol podem ser reduzidos.

7. Efeito antidepressivo
Porque conta com alta concentração de fenilalanina, aminoácido natural.

8. Xô, obesidade!
Gary Taubes, correspondente da revista norte-americana Science e um dos principais escritores de ciência do mundo, afirma que, mesmo com tanta pesquisa, não há prova de que gordura saturada e infarto estão ligados. E vai além: diz que a propaganda do governo só serviu para fazer com que os norte-americanos comessem mais. Ao evitar a gordura, eles acabavam ingerindo mais carboidratos e açúcar, para manter a quantidade diária de calorias. E obesidade é um sério fator de risco para doenças cardíacas.

9. Bom para o coração
Os franceses e os mediterrâneos em geral consomem carnes de todos os tipos, mas têm a seu favor o consumo de vegetais frescos e azeite de oliva, além de vinho. Seus índices de mortalidade por doenças cardíacas são bem mais baixos do que os norte-americanos. Além disso, eles vivem mais. Genética e conjunção de todos os fatores, como comer sem pressa, podem contribuir para isto.

10. Natureza
Não somos vegetarianos por natureza. O homem tem dentes pequenos e sistema digestivo curto, características de onívoros, como explica o antropólogo físico Walter Neves, da Universidade de São Paulo, maior especialista brasileiro em homens pré-históricos. Ou seja, nosso organismo está preparado para comer de tudo, inclusive, carne.


Carne frita, grelhada ou assada… dica saudável!

De acordo com Osman Gioia, médico nutrólogo e membro da ABRAN, a carne pode se tornar perigosa se for exposta ao fogo alto e por tempo excessivo. Do contrário ao que muitos pensam, e defendendo que a carne ao ponto além de muito mais saborosa é também saudável, temos que tomar muito cuidado com o alimento submetido a altas temperaturas. A carne quando bem passada não pode chegar a apresentar uma crosta escura na superfície. Nesse caso, quando a aparência da carne apresenta uma parte carbonizada e outra tostada, “há risco de câncer. Esse modo de preparo produz substâncias da classe dos hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, tais como o 3-4 benzopireno, considerado um dos mais potentes agentes cancerígenos”, diz o médico.

Chueire declara que o modo mais saudável de preparar carnes é grelhar, sem adicionar óleos, azeites, manteigas e outras gorduras. “O ideal seria retirar a parte de gordura visível da carne.” E aquela gordurinha que sobra é proibida? “Para quem não possui colesterol elevado, ela está liberada, porém esporadicamente, adverte ele.

Resumindo!! Para aproveitar todos os benefícios da carne vermelha escolha os melhores cortes e evite as altas temperaturas no preparo 😉

Referências:

Diário Gaucho

Revista Viva Saúde

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Mirella Cais

Mestre em Gestão Internacional na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e Engenheira Agronôma pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP Jaboticabal). Associada à Biomarketing, TCAinternacional e Núcleo de Estudos do Agronegócio da ESPM. Produtora/apresentadora do Programa Agrossociedade a Nova Geração.

1 comentário

  1. Eu não consigo almoçar sem carne. É como se nem tivesse comigo. Não abro mão mesmo!

     

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