As exportações brasileiras de carne angus certificada têm aumentado em ritmo forte nos últimos 12 meses e a Associação Brasileira de Angus (ABA) considera possível que o país embarque 1 mil toneladas do produto ao exterior em 2017.
As exportações de carne angus nos últimos 12 meses somaram 400 toneladas, gerando faturamento de R$ 10 milhões, informou a ABA na ultima quinta-feira (13).
Se o atual ritmo de crescimento das exportações se mantiver, a ABA estima que a meta de exportar 1 mil toneladas em 2020 possa ser antecipada para 2017.
“Viemos em uma expansão extremamente forte, duplicando os embarques a cada trimestre. Esse movimento deve se manter devido à qualidade de nossa carne, que vem sendo muito bem avaliada”, disse o gerente do Programa Carne Angus, Fábio Medeiros, em nota.
Somente no primeiro semestre de 2016 as exportações do produto certificado aumentaram 38%.
A expansão das vendas para a Alemanha, países árabes e a conquista de clientes chineses estão entre as apostas da ABA para chegar a mil toneladas de carne angus exportada em 2017.
A associação voltará a promover a carne angus brasileira durante a quinta edição do Brazilian Angus Day, em 18 de outubro, em Paris, como parte das ações para expandir vendas no exterior. Atualmente, 5% de toda a carne angus certificada brasileira segue para mercados externos, já que o produto também é valorizado no Brasil.
A Alemanha foi responsável pela maior parte das compras de carne angus nos últimos 12 meses, o equivalente a 57,2% do total faturado pelos exportadores do Brasil. Em segundo lugar está a Arábia Saudita, com 27,7%, seguida da Suíça (5%).
As vendas para o Chile representaram 4,5% do total faturado, enquanto a Holanda foi responsável por 2% da receita advinda das exportações brasileiras.
Segundo a ABA, a carne angus certificada brasileira é vendida à União Europeia entre US$ 10,5 mil e US$ 11 mil por tonelada, sendo que alguns produtos mais nobres chegam a ser negociados a US$ 19,8 mil/t.
A produção anual de bezerros de raça angus no Brasil é de 3,5 milhões de cabeças, cerca de 6% do volume total de animais produzidos no país, segundo a ABA.
Fonte: CarneTec
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Melina Cais
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