O contêiner de carne in natura produzida nos dias 14 e 15 de setembro, no frigorífico unidade de Bataguassu no Mato Grosso do Sul, foi embarcado para os Estados Unidos. A repartição Beef da empresa de alimentos Marfrig Global Foods efetivou o primeiro embarque de carne bovina in natura para os Estados Unidos, segundo a Marfrig, a transação comercial de carne in natura é a primeira do gênero no país após a abertura do mercado norte-americano para a carne brasileira que ocorreu em agosto de 2015, após negociação ocorrida durante anos entre os dois países.
“Com a abertura do mercado americano, a indústria brasileira terá uma excelente oportunidade para ocupar parte significativa da quota, sem taxação, de 64 mil toneladas destinadas ao Brasil e outros países da América Latina, uma vez que esse volume nunca foi totalmente atingido”, destacou a Marfrig.
A Marfrig também informou que a produção nas outras cinco unidades já foram listadas para exportar para os EUA, a produção iniciará de acordo com o plano produtivo da empresa. O estado do Mato Grosso do Sul tem três plantas autorizadas para exportar para os Estados Unidos. Duas unidades do JBS estão localizados em Campo Grande e Naviraí, e a terceira no município de Bataguassu, que pertence ao frigorífico Marfrig. Duas plantas da Minerva Foods, localizadas em Barretos, São Paulo, e Palmeiras de Goiás, também foram habilitadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
Em virtude da abertura do mercado americano à carne bovina in natura do Brasil, “a indústria brasileira terá uma excelente oportunidade para ocupar parte significativa da quota, sem taxação, de 64 mil toneladas destinadas ao Brasil e outros países da América Latina, uma vez que esse volume nunca foi totalmente atingido, e que alguns dos países que atualmente usam a maior parte dele terão acesso ilimitado ao mercado americano a partir de 2020, como consequencia do Acordo de Livre Comércio entre os EUA e a América Central”.
O Brasil é o maior exportador global de carne bovina. Segundo estimativa do governo brasileiro, o mercado dos EUA, os maiores consumidores globais de carne bovina, poderia representar exportações de 900 milhões de dólares para o Brasil. Isto també traria benefícios indiretos do acordo, como a posterior a abertura de outros mercados como Japão e Coreia do Sul, importadores de carne de alta qualidade. O Brasil já vende carne industrializada para os EUA (maior importador do produto brasileiro), mas não cortes in natura.
Fonte: Campo Grande News/PE/BonitoNet
Melina Cais
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