No Dia 21 de março é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down (SD). A data foi concebida na Down Syndrome International pelo geneticista Stylianos E. Antonarakis, da Universidade de Genebra e está no calendário oficial da Organização das Nações Unidas, sendo comemorada pelos seus 193 países-membros com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre o que é síndrome de down e sobre a importância da inclusão e bem-estar dessas pessoas especiais na sociedade.
A primeira comemoração ocorreu no ano de 2006 e a data escolhida, ou seja 21/03 (ou 03/21), faz analogia à trissomia do 21, a alteração genética no cromossomo “21”, que caso das pessoas com a síndrome, aparece com “3” exemplares (trissomia) ao invés de um par. É importante ressaltar que a Síndrome de Down não é uma doença, mas sim um alteração genética. Assim, as pessoas portadoras de Down podem levar uma vida social tão comum como as que não são portadoras.
Segundo a Federação das Associações de Síndrome de Down, o Brasil tem hoje cerca de 300 mil pessoas com SD e a cada 600 crianças nascidas, uma é tem SD. Felizmente, a expectativa de vida melhorou com os avanços da medicina. Se em 1947 era e 12-15 anos, em 1989 cresceu para 50 anos e hoje está entre 60 e 70 anos.
E com mais inclusão, hoje temos diversos exemplos de profissionais com SD, como professores (Débora Seabra, a primeira professora com SD do Brasil, que também já escreveu um livro e atua no teatro), atores (Ariel Goldenberg, que estreou o filme “Colegas”) e chefs de cozinha! Assim, nesse dia 21 de março, nós vamos apresentar uma iniciativa muito positiva: Os Chefs Especiais.
Quem são os Chefs Especiais?
É um Instituto sem fins lucrativos fundado em 2006 pelo casal paulistano Simone Berti e Márcio Berti, que tem a missão de facilitar a autonomia de pessoas com Síndrome de Down e inseri-las na vida e na sociedade como referência, qualidade e inspiração através da gastronomia. Através do projeto, os mais de 200 alunos cadastrados participam gratuitamente dos cursos na área. E além de aprenderem sobre o mundo da gastronomia, desenvolvem a autoestima, aprimoram a coordenação motora, além da confiança e autonomia. Entre os professores, já lecionaram chefs conhecidos e renomados, como Olivier Anquier, Henrique Fogaça, Paula Labaki, Carlos Bertolazzi, e o saudoso Marcos Bassi, o “Pai do Churrasco Brasileiro”.
A sede do Instituto fica no bairro de Higienópolis, na Capital Paulista, e conta com duas cozinhas e um ambiente de convivência. Além dos cursos relacionados à gastronomia com a “Oficina Down Cooking” e cursos preparatórios básicos para garçons, há também aqueles voltados à carreira e mercado de trabalho, além de aulas de violão e dança do ventre.
Para quem quiser conhecer melhor o projeto pode entrar no site do Instituto. Que possamos ter uma sociedade cada vez mais igualitária, com mais inclusão e iniciativas positivas como essa. E espero que possamos encontrar os Chefs Especiais em mais restaurantes, eventos, festas e churrascos!
Juh Chini
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